As telangiectasias ou derrames, como vulgarmente são conhecidas, são pequenos vasos capilares subcutâneos, com poucos milímetros de comprimento, que pela sua cor roxa, vermelha ou azul, tornam-se muito evidentes e inestéticos, sobretudo para o sexo feminino.
Mas mais do que uma preocupação estética, o tratamento destes pequenos vasos é essencial para evitar complicações mais sérias e dores bastante agudas no futuro. Caso não sejam tratadass, as telangiectasias dilatam e provocam a estagnação do sangue, levando ao aparecimento de varizes, flebites ou a outras patologias, como tromboses venosas, impedindo a oxigenação dos tecidos e a passagem do sangue.
Trate os derrames na sua fase inicial, viva a vida a circular, marque já uma consulta de cirurgia vascular e submeta o seu caso a avaliação médica.
As telangiectasias podem ser incomodativas, mas geralmente não oferecem riscos graves de saúde, apesar de claramente inestéticas. Com dimensões até 2mm, estas pequenas dilatações vasculares intradérmicas são geralmente assintomáticas. Contudo, em alguns casos, esta patologia acompanha-se de dores tipo “sensação de peso” nos membros inferiores, comichão ou marcas avermelhadas na pele, sobretudo ao fim do dia ou em dias de temperaturas elevadas.
As telangiectasias podem evoluir para pequenas varizes com dimensão entre 2mm a 5mm, mas permanecem sempre assintomáticas.
As causas das telangiectasias não são completamente conhecidas, mas pensa-se que poderá resultar de uma mistura de fatores genéticos e fatores relacionados com o comportamento. Embora seja apontado o fator genético como a causa principal para o aparecimento e desenvolvimento destes pequenos vasos, o envelhecimento, o alcoolismo, a gravidez, o uso prolongado de anticoncepcionais ou de outros tratamentos hormonais, a excessiva exposição solar, a obesidade, o sedentarismo ou o demasiado tempo de pé também são fatores agravantes.
Minimize ou anule as causas que podem favorecer o aparecimento de derrames e assegure um estilo de vida o mais saudável possível.
O diagnóstico das telangiectasias é feito quase exclusivamente através de exame físico, pela observação da lesão por um médico especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular. Contudo, para diagnosticar ou eliminar um problema clínico maior, este poderá ter a necessidade de realizar outros exames (tomografia computadorizada, análise das funções hepáticas, ressonância magnética, radiografias, etc.).
Quanto aos métodos que visam a intervenção direta sobre as telangiectasias, existem fundamentalmente 2 grandes opções: Escleroterapia ou Laserterapia. A decisão final sobre qual o tratamento a utilizar será da responsabilidade do médico de Cirurgia Vascular após avaliação de cada caso específico.
A escleroterapia com polidocanol consiste na injeção intra-capilar desta substância esclerosante (líquida ou em forma de espuma) nos capilares ou arteríolas dilatadas. A substância suscita uma reação irritante do vaso sanguíneo que provoca a sua secagem e eventual absorção pelo organismo.
Este tratamento é feito no consultório, ao longo de diversas sessões, sendo recomendado sobretudo para telangiectasias nos membros inferiores.
O tratamento por laser pode ser útil para as pequenas telangiectasias vermelhas, quando estas resistem à escleroterapia com polidocanol, nestes casos as telangiectasias são “alimentadas” por arteríolas – isto porque a pressão arteriolar dilui o produto esclerosante impedindo-o de atuar (esta pressão não tem influência sobre a técnica de laser).
Nestes casos, um cateter que contêm a fibra laser é introduzido e conduzido até ao ponto da intervenção com o auxílio de ultra-sons, cuja ação causará o aumento substancial do calor dentro da veia, iniciando a sua destruição.