A doença arterial periférica é uma condição que provoca o estreitamento das artérias que transportam o sangue para os membros inferiores do corpo, como as pernas e os pés. Esta situação é geralmente causada pela aterosclerose, em que depósitos de gordura, denominados placas, se acumulam ao longo das paredes dos vasos sanguíneos, diminuindo o calibre do vaso e reduzindo a quantidade de sangue que consegue passar.
O sintoma mais comum é a claudicação intermitente, que provoca um desconforto ou dor nas pernas, que ocorre durante a atividade física e desaparece com o repouso. Além da claudicação existem outros sintomas:
Se a doença arterial periférica progredir, a dor pode ocorrer até mesmo quando você está em repouso ou quando você está deitado (dor isquêmica de repouso). Pode ser intensa o suficiente até mesmo para interromper o sono.
É possível ajudar a prevenir a doença arterial periférica mantendo um estilo de vida saudável. Veja alguns exemplos de medidas que você pode adotar:
O tratamento para a doença arterial periférica tem dois objetivos principais. O primeiro é controlar os sintomas, como a dor nas pernas, e fazer com que o paciente possa retomar suas atividades quotidianas. O segundo objetivo é parar a progressão da aterosclerose em todo o corpo e, assim, reduzir o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.
Algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar o paciente a alcançar esses dois objetivos, mas o tratamento médico também é necessário.
É extremamente importante tratar o que está na base desta doença: o fato de deixar de fumar pode reduzir os sintomas de claudicação intermitente e pode diminuir a probabilidade de agravamento da doença.
É igualmente importante reduzir os níveis de colesterol se estes estiverem elevados, manter a pressão arterial dentro dos valores normais e manter a diabetes bem controlada. É também importante a prática de exercício físico regular e manutenção de um peso adequado.
As recomendações terapêuticas de exercício para a claudicação, geralmente, consistem em caminhar por períodos de 1 hora ou mais, no mínimo 3 vezes por semana, durante pelo menos 3 a 6 meses, idealmente sob supervisão médica.
Os estudos demonstraram que as pessoas que fazem exercício podem praticamente duplicar a distância que conseguem andar antes de começarem a sentir dores nas pernas, por isso o objetivo é aumentar essa mesma quantidade de tempo no doente.
Mesmo que faça exercício e modifique os seus fatores de risco, os medicamentos podem ajudá-lo a conseguir um maior alívio dos sintomas e a diminuir a progressão da doença.
O tratamento pode ser feito com o uso de determinados medicamentos, como os destinados a abaixar os índices de colesterol e de pressão arterial, controlar os níveis de glicose no sangue, anticoagulantes e analgésicos para interromper e aliviar a dor.
Habitualmente são prescritos medicamentos para evitar a coagulação do sangue, como o clopidogrel ou medicamentos como o cilostazol e a pentoxifilina para ajudar a diminuir os sintomas de claudicação intermitente.
A angioplastia é a intervenção não cirúrgica mais comum realizada com o intuito de desobstruir uma artéria do paciente. É utilizada em pessoas que apresentam sintomas graves ou progressivos ou em que a dor na perna ocorre em repouso.
Essa técnica utiliza um minúsculo balão na ponta de um cateter, que é inserido na artéria juntamente com um dispositivo que, quando aberto, ajuda no fluxo sanguíneo.